quarta-feira, 1 de abril de 2009

Onde Começa a vida?

A Muito se debate questões éticas e morais envolvendo o abordo e uso ético de células embrionárias em experimentos do qual inevitavelmente se confrontam com a teologia e religião. Estas questões tão antigas se iniciam com a discussão sobre onde começa a vida. Conforme vimos anteriormente o debate entre existir e não-existir, cognição, potência e vida determinam os direitos que em questão o ser humano tem em viver. Quando após o ato sexual o esperma fecunda o ovulo gera o chamado embrioblasto uma estrutura multicelular, ligada ao trofoblasto e a blastocele formando o chamado blastocisto. Este elemento ainda está no que se chama por diferenciação orgânica que vai da segunda à sétima semana após a fecundação, o período embrionário, que acaba quando este novo corpo deixa de ser parte integrante do original mesmo que dependente deste. É neste ponto que pode-se determinar quando esta vida ganha valor de indivíduo, mesmo que já anteriormente apresente características conforme debatidas nos tópicos anteriores.
Assim é justamente apartir da oitava semana que o corpo pode rejeitar o embrião como um corpo estranho que passou a ser feto, pois desde já não é mais parte deste corpo mas apenas sustentando até seu nascimento. É nesta fase intra-uterina que o cerebro considerado o centro de cognição se desenvolve, mas já se podendo ver seus membros em formação (braços, pernas, olhos, nariz e boca), mesmo que muitas vezes ainda mal formado.
Logo o ato de realizar um abordo pode ser considerado infanticídio, mesmo que havendo considerações diversas que determinem situações especificas, o que no entanto a intervenção artificial induzida, não determinada pela própria natureza da gravidez pode se considerar de tal modo, mesmo que a concepção por estupro (igualmente forçada e contra a natureza da mulher), por exemplo, consideresse tão hediondo quanto tal, pois pode-se entender que a vida especificamente humana surge como um ato voluntário de ambos os sexos pelo que se compreende por uma série de ações e reações destes corpos afim de facilitar de forma complacente com natureza pela vontade desta, logo o abordo é uma violação natural, mesmo que esta concepção mútua por si só implique em fatores já debatidos anteriormente.
Nós não nascemos por uma natureza assexuada ou por processo de mitose inerente a reprodução e substituição de nossas células do qual é reproduzido o mesmo código genético comum a estas celúlas, este processo apesar de já ser plenamente compreendido pela ciência os segredos do DNA e ATN ainda permanecem como um intrigado segredo de memórias e informações relativa ao organismo cuja as funções não foram todas determinadas, na realidade uma pífia porcentagem.
O Paradoxo do Navio de Teseu que também é conhecido como Machado de George Washington leva a pergunta de que se cada componente de um navio for trocado pelo menos uma vez levará este navio ainda a ser o mesmo ou não. Esse interessante paradoxo aplicando-se também aos seres vivos levando-se a mesma pergunta uma vez que nosso corpo é renovado materialmente de forma que a cada célula de acordo com alimentação e de forma gradual de acordo com a velocidade da regeneração de cada tecido, sendo provavelmente os ossos os últimos.
Essa teoria da renovação da matéria inclusive aplica-se na teoria da invisibilidade humana sugerida pelo mai pai certa vez, pois se fosse possível tornar a matéria orgânica do homem invisível, ou seja, de modo que não refletisse, refratasse, nem detivesse luz seria necessária também aos alimentos destes, pois gradativamente este corpo iria recobrando a visibilidade conforme fosse comendo e os nutrientes (por não serem invisíveis) substituindo as células dos tecidos. Além de evidentemente tal invisibilidade levar a cegueira, pois o cristalino dos globos oculares não poderia refletir a luz convertendo assim a impulsos compreensíveis ao cérebro.
Ora, todas as células de nossos corpos são vivas, estas células formam os tecidos e os tecidos órgãos, órgãos pelo qual cada um tem uma função especifica para o funcionamento geral e harmônico de nosso corpo. Estas células são sempre sucedidas por outras e apesar de em muitos casos terem funções especificas como os anticorpos em combater a entrada de corpos estranhos, porém estas morrem fora do corpo ou tem o período de vida limitado por métodos de conservação a exemplo dos transplantes. Assim apesar uma desta célula ter este código genético em comum, uma somente não faz o indivíduo, o corpo, que é o conjunto destas, uma peça não forma o indivíduo, uma vez que o corpo é um conjunto destas formações determinado por sua vez por pontos e maiorias vitais que podem sustentar-se como foco deste indivíduo e vida mesmo que possa se diferenciar espírito de matéria.
No entanto, existem as chamadas celúlas-tronco, conhecidas como células estaminais são células chaves no organismo por apresentar uma capacidade incomum em outras podendo até forma órgãos semelhantemente as chamadas células progenitoras. Estas celúlas-tronco de embriões podem virtualmente se transformar em qualquer tecido e por isto se tornou foco de um estudo especifico que tem por fim padrão a terapia a doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, diabetes tipo-1, acidentes vasculares cerebrais, doenças hematológicas, traumas na medula espinhal e nefropatias, mesmo que o progresso neste campo possa permitir até mesmo a construção de tecidos específicos para até transplantes. No final do século passado vimos assim o surgimento de pequenas aberrações laboratoriais como o rato com orelha humana e até mesmo fusões diversas criando seres bizarros, verdadeiros Franksteins. Estas experiências propostas apesar de poderem trazer indiscutíveis vantagens medicinais futuras parecem não seguir um senso ético comum, além colocar o homem ao passo de criar clones não apenas de animais, mas do próprio ser humano, mesmo que já se tenha comprovado a ineficácia do homem em reproduzir outro animal (surge uma série de problemas genéticos como velhice precoce). Estes elementos dividem claramente que o único método que o torna próximo de ser Criador é a concepção natural sexuada por in vitro (proveta) mesmo que apenas se resuma a fecundação nunca controlar os estágios ou muito menos seleção genética, uma vez sabendo-se que uma nova vida surge da função genética do qual o homem apenas reproduz o ato que o concebe, não o concebendo por si só, o homem sempre foi criatura e nem a ciência é capaz de tira-lo desta classificação. Como o homem em sua presunção não pode criar re-criar a si mesmo poderia criar o Criador?

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